sábado, 9 de julho de 2016

A historia da Calcinha

A história da calcinha
Calcinha (em São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique e Brasil) ou cuecas (Portugal e Angola) é uma roupa íntima feminina constituída por uma espécie de short curto, ajustada ao corpo da mulher e feita na maior parte das vezes de tecidos macios e delicados, como o algodão, por exemplo.

Calcinha é um tipo de roupa de baixo usada por mulheres. É usada sob a roupa protegendo a vulva, e as nádegas de contato com a roupa externa. Também pode ser usada para dormir ou simplesmente sem roupa alguma por cima da mesma. O equivalente para os homens é tradicionalmente a Cueca. Mesmo com estilos e designs bem diferenciados, existem aqueles que preferem utilizar a roupa do sexo oposto, seja por conforto ou fetiche.


Surgiu por volta de 1800 na Europa o primeiro modelo da calcinha chamado de calção, que chegava abaixo dos joelhos. Posteriormente, popularizou-se entre as mulheres.

Aquilo que a mulher usa por baixo da roupa tem um significado todo especial para o universo masculino. Mas não apenas para ele. A calcinha, acredite, diz muito da história da mulher, representa sua trajetória e, mesmo escondidinha, não deixa de ser motivo de rostos corados, risadas e, às vezes, constrangimento.

A história dessa importante peça do vestuário - que tem pouco mais de dois séculos de existência - é descrita no livro "Por baixo do pano - a história da calcinha", da autora inglesa Rosemary Hawthorne (Matrix Editora). Segundo ela, a calcinha apareceu pela primeira vez em 1800, quando a revolução havia mudado a França e, por consequência, toda a Europa.

Na época, as mulheres passaram a usar elegantes vestidos de cintura alta, inspirados na vestimenta das gregas antigas. Mas esses "vestidos império", super sensuais, deixavam as partes baixas arejadas demais.

Surgia então o primeiro modelo de calcinha, chamado de calção ou "pantaloon’, que chegava abaixo dos joelhos ou até os tornozelos e era feito de um tecido "cor de carne" semelhante ao das meias-finas. Antes disso, nenhuma mulher respeitável usava calcinhas.

O livro traz ainda a relação da feminista americana Amelia Bloomer com a calcinha e chega até o modelo fio-dental, bem difundido aqui no Brasil. A autora dessa obra, hoje uma das maiores autoridade britânica em história da roupa íntima, conversou com o Vila Dois e explicou porque a calcinha está relacionada tanto à moda quanto aos direitos da mulher.

Rosemary é conhecida hoje no Reino Unido como "Knicker Lady", ou a "Dama das Calcinhas", nome do espetáculo solo que apresenta com sucesso nos palcos do país.

Por que você escolheu esse tema para pesquisar e escrever sobre? Quanto tudo começou?
Acho que o assunto me escolheu. Eu tenho colecionado roupas antigas e vintages por anos, incluindo calcinhas. Um dia, uma estudante que estava fazendo um trabalho sobre o uniforme das meninas me perguntou de onde vinha a palavra "Bloomers". Eu estava contando de onde ele veio [se refere ao nome da feminina Amelia Blommer, uma das primeiras a usar aqueles shorts com babadinhos por baixo dos vestidos] quando ela disse que não encontrava tal resposta em livro algum. Aí então eu resolvi escrever sobre sutiãs e depois sobre ligas e meias-calça. Um conjunto todo sobre lingeries.

Qual a importância da calcinha hoje e como essa "importância" viajou ao longo dos anos?
Hoje é importante porque faz parte de uma indústria muito lucrativa. As mulheres estão acostumadas a usá-las, desejá-las e comprá-las e isso não vai mudar nunca. Até porque elas nunca tiveram esse tipo de poder de escolha antes. Mesmo nos séculos 18 ou 19 o poder de escolha era baixo. Além disso, no passado você precisava ser rica para comprar uma.
Depois da invenção da máquina de costura e dos tecidos sintéticos e da emancipação efetiva da mulher, no século 20, elas passaram a querer usar calcinhas e podiam comprar. Mulheres que ganham seu próprio dinheiro e tem poder de compra transformaram sua importância diante da indústria.

Aquilo que a mulher usa por baixo da roupa tem um significado todo especial para o universo masculino. Mas não apenas para ele. A calcinha, acredite, diz muito da história da mulher, representa sua trajetória e, mesmo escondidinha, não deixa de ser motivo de rostos corados, risadas e, às vezes, constrangimento.
A história dessa importante peça do vestuário - que tem pouco mais de dois séculos de existência - é descrita no livro "Por baixo do pano - a história da calcinha", da autora inglesa Rosemary Hawthorne (Matrix Editora).





Segundo ela, a calcinha apareceu pela primeira vez em 1800, quando a revolução havia mudado a França e, por consequência, toda a Europa.

O que as mulheres de diferentes épocas tinham por baixo da roupa.

1800

Primeiro modelo de calcinha

Surgidos na França, os calções ou pantaloons ficavam abaixo do joelho ou até o tornozelo e eram feitos de um tecido semelhante ao das meias.








1900
Combinações
A silhueta curvilínea pedia roupas de baixo menos volumosas. As combinações entre ceroulas e camisolas tornaram-se muito populares



1914 - 1918
Calçolas de tango
Para dançar o estilo mais popular na época da Primeira Guerra Mundial, foi necessária a confecção de calçolas especiais, que permitiam uma movimentação livre e desimpedida


1920

Camibocker

O conjunto de camisola de baixo e calçola em seda com botões nas costas era feito sob encomenda. O hábito de encomendar roupas de baixo sob medida era encorajado pelas lojas finas







1927



Baby-doll


Depois do fim da Primeira Guerra, as peças íntimas se tornaram mais leves e coloridas. Surgiram os modelos baby-doll: a antiga camisola de baixo e as calcinhas unidas numa única peça íntima







1940 - 1950
Caleçon
A modelagem mais usada nessa época era o caleçon, que, modificado, continua fazendo sucesso até hoje












1980 - 1990
Renda, seda, fio dental...
A partir da década de 1980, surgem as calcinhas mais elaboradas. Depois disso, o limite é a imaginação. O modelo ciclista da ilustração, da década de 1990, é ecológico. Fonte: Rosemary Hawthorne (historiadora de moda).




 




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